Do Caos à Ordem / Construção de um livro-objecto_MAQUETE
Nesta oficina o que proponho é não haver coerência na construção do Livro-objecto.
Cada participante pode levar um monte de imagens e textos desconexos e improvisar durante a oficina.
Não é uma oficina de onde saiam trabalhos tipo catálogos, mas sim rascunhos de experiências que ficaram perdidas ou textos inacabados.
As imagens podem ser fotográficas, podem ser desenhos, podem ser recortes de algo que guardaram. Nada tem que fazer sentido.
Os textos, podem ser incluídos ou não, podem ser escritos à mão, cartas, postais, receitas, poemas, partes de diários, o que quiserem.
Neste Livro-objecto não se pretende que seja um livro arrumadinho, seria a experiência do caos.
A formalização dos trabalhos é inventada durante a oficina, podemos fazer um “cadavre exquis” cadáver-esquisito.
Este processo, mais espontâneo surge no início do seculo XX com o movimento surrealista em frança, e é como uma brincadeira, um jogo às cegas, que depois de concluído dá a impressão de um corpo estranho.
O livro-objecto enquanto meio de expressão artística ganha maior visibilidade nos anos 60 e 70 do século XX, quando os artistas começam a procurar contrariar a tendência expositiva, exclusiva a galerias e museus. Nesta altura, as experiências foram levadas por campos exploratórios bastante diversos, afirmando o livro-objecto como um objecto de arte.
O livro-objeto pode ser qualquer coisa. Pode até não ter a forma de um livro. Há processos mais complexos e arrojados, inerentes às práticas artísticas de cada autor. Com o livro-objecto, materializam-se as obras num espaço físico, que é passível de ter várias leituras por quem o visualiza.
Todo o material para a junção das peças está incluído: papéis, cartolinas, material de encadernação, máquina de costura, e outros materiais que poderão ser úteis para a construção dos trabalhos.
sobre a artista
Sou professora de educação visual no ensino básico.
Licenciei-me em Design Gráfico e fiz mestrado em Estudos Cinematográficos.
Em paralelo, ao longo dos anos fiz o meu percurso como artista plástica com base na fotografia.
Estive envolvida em projectos colectivos editoriais, fui curadora de exposições de artes visuais, e tenho exposto o meu trabalho pessoal tanto de forma individual como colectiva.
Chamo-me Sara Rocio, e o com o projecto Maquete, pretendo abrir um caminho novo, que me permita alargar a minha experiência para além dos meus projectos pessoais, partilhando uma das minhas valências: o amor ao objecto-livro.