Paradise Found 2024
Publicação
Caderno Paradise Found
Esta publicação em forma de caderno pretende ser uma homenagem ao processo – de reflexão, de aprendizagem e de criação. A escolha da prioridade ao processo em detrimento da obra terminada reflete ainda um desejo de partilha, entre autores e público, em que o gesto generoso da abertura promove uma aproximação entre ambos os agentes.
Ficha técnica
Paradise Found – Lisboa 2020 – 2024
18 x 24 x 2 cm
Capa Fedrigoni Materica Verdigris 360 g/m2 (reciclado), impressão em serigrafia
Impressão a jato de tinta sobre papel Fedrigoni Freelife Vellum 140g/m2 (reciclado), Fabriano Copy Tinta 80 g/m2, Fabriano Unica White 250 g/m2 e papel manteigueiro
Composto com caracteres Abyssopelagic, Belda e Work Sans
imagens e textos: Ana Caetano, Ana Filipa Correia, Atelier Alberto (Hugo RC e Maria Lopes), José Domingos, Magda Fernandes, Mariana Hartenthal, Rita Faia, Sara Rocio, Sérgio Braz d’Almeida e Vera Gonçalves
texto introdutório: Imagerie – Casa de Imagens
texto paraíso inventado: Vanessa Badagliacca
conceção gráfica: Imagerie – Casa de Imagens
impressão e produção: Imagerie – Casa de Imagens
apoio: Câmara Municipal de Lisboa
1ª edição, regular: 30 exemplares
edição de colecionador: 20 exemplares com postais originais destacáveis produzidos artesanalmente pelos autores
Imagerie — Casa de Imagens
Lisboa, 2024
Edição regular
Exposição Paradise Found
24 de agosto a 18 de setembro
Casa do Jardim da Estrela
A exposição estará patente, no horário da biblioteca, de 24 agosto a 18 setembro, na Casa do Jardim da Estrela. Entrada livre.
Os espaços verdes têm uma importância crucial e crescente dentro das malhas urbanas. Mais do que os aspetos científicos desta importância, são lugares onde se criam e cruzam experiências e memórias individuais e coletivas. Têm ainda a capacidade de nos fazer lembrar a nós, seres urbanos, do lugar de onde vimos, ao qual pertencemos, e dentro do qual vivemos.
O projeto Paradise Found foi lançado pelo atelier Imagerie – Casa de Imagens em 2020, em plena crise pandémica. Neste período em que fomos obrigados a reaprender a forma como nos relacionamos com os nossos territórios e uns com os outros, os jardins foram ainda, paradoxalmente, um abrigo, um local onde nos podíamos sentir seguros juntos, mas separados. Além disso, a Natureza reivindicou todos os espaços deixados vazios pela suspensão de uma série de atividades humanas. Nós parámos, mas ela não. O som dos aviões deu lugar ao chilreio dos pássaros, as ervas dos passeios puderam crescer a alturas nunca experienciadas, por falta de passos que as dominassem, ou máquinas que as cortassem, as árvores continuaram ali, como estavam e como estarão, prontas para serem pulmão, abrigo, recreio e sombra.
Este projeto tem como objetivo a promoção da reflexão sobre estes aspetos transpondo-a para obras visuais que enformem as abordagens de cada autor em modos de produção conscientes do impacto que podem ter no sistema sobre o qual refletem e que nesta exposição se materializam em obras criadas, por exemplo, com recurso a materiais orgânicos (na produção das imagens e na apropriação de matérias) que lhes conferem um caráter singular e por vezes, tal como a própria natureza, efémero. Essa foi uma das características que marcou a dinâmica do projeto – algumas das obras não “sobreviveram” ao tempo que esperaram até à oportunidade de serem expostas na Casa do Jardim da Estrela. E, 2024 não é 2020 ou 2021, o mundo mudou e nós com ele. Muitas obras foram recriadas ou reinventadas para serem apresentadas hoje.
Esta exposição coloca em diálogo as propostas de autores participantes na edição de 2020 – Ana Caetano, Ana Filipa Correia, José Domingos, Magda Fernandes, Sara Rocio e Sérgio Braz d’Almeida – e na edição de 2021 – Atelier Alberto (Hugo RC e Maria Lopes), Mariana Hartenthal, Rita Faia e Vera Gonçalves. Estas obras têm em comum o facto de terem sido desenvolvidas com base em espaços verdes muito diversos da cidade de Lisboa, tais como a Tapada das Necessidades, o Jardim do Campo Grande, o Jardim das Amoreiras, o Parque Botânico do Monteiro-Mor, o Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, o Parque Silva Porto (Mata de Benfica), o Jardim Botânico Tropical, o Jardim do Campo Grande, a Estufa Fria e o próprio Jardim da Estrela, que acolhe esta exposição. Estas propostas, tais como os próprios lugares em que se inspiram, têm formas diversas de se manifestarem – além da vertente visual dos espaços, qualidade primeira do tratamento que a fotografia habitualmente realiza, as obras remetem também para a memória, individual ou coletiva, real ou ficcionada, presente nas próprias imagens ou nas formas de as expor, e para outras dimensões que tão bem a invocam, como a olfativa, a sonora, a literária e a histórica.
(Magda Fernandes e José Domingos) Imagerie – Casa de Imagens
Atividades Paralelas
7 de setembro – 10:00 às 13:00 | Herbário de vidro num Puzzle Azul
Esgotada
Oficina de cianotipia em vidro
A proposta é reutilizar vidros descartados e irregulares e combinar esta superfície sensível à química da cianotipia para criar fotogramas de plantas. No final, os participantes são convidados a construir um puzzle azul, criando um herbário coletivo, assimétrico e cristalino.
Público-alvo: M/16
Participação gratuita com marcação prévia: umteatroemcadabairro.cjardimestrela@cm-lisboa.pt
Conceção e orientação: Vera Gonçalves e Five Historic Photography Studio
7 de setembro | 15:00 às 17:00 | A magia fotográfica das plantas
Oficina de fitografia
Nesta oficina, vamos experimentar imprimir fotografias de plantas usando as suas propriedades fitoquímicas – um processo chamado fitografia. Propõe-se a utilização de materiais fotográficos analógicos não recicláveis e em fim de vida, assim como a produção de química “caseira” e não tóxica para a sua exploração.
Participação gratuita com marcação prévia: umteatroemcadabairro.cjardimestrela@cm-lisboa.pt
Público-alvo: famílias com crianças a partir dos 10 anos
Conceção e orientação: Imagerie – Casa de Imagens
14 de setembro | 10:30 às 12:30 | Papel artesanal com botânicos
Esgotada
Oficina de reciclagem de papel
Os participantes irão experimentar o processo artesanal de reciclar papel, do processamento da polpa à criação de uma nova folha. Serão abordadas as diferentes propriedades do papel com foco na sua transformação e valorização, seja pela alteração da forma e cor, como pela inclusão de novos elementos (folhas, flores e sementes).
Participação gratuita com marcação prévia: umteatroemcadabairro.cjardimestrela@cm-lisboa.pt
Público-alvo: M/16
Conceção e orientação:Rita Faia
14 de setembro | 14:30 às 17:30 | Uma aventura entre algas e fotografia
Esgotada
Oficina de antotipia
Oficina de fotografia experimental que explora o potencial das algas Chlorella e Spirulina na criação de imagens fotográficas. Os participantes vão utilizar o processo de antotipia, que não requer a utilização de químicos e, pela sua simplicidade, permite ser repetido pelos seus próprios meios.
Participação gratuita com marcação prévia: umteatroemcadabairro.cjardimestrela@cm-lisboa.pt
Público-alvo: M/16
Conceção e orientação: Sérgio Braz d’Almeida
18 de setembro | 18h30
Lançamento da publicação Paradise Found